sábado, 20 de abril de 2013

SINDAMAZON CONQUISTA 30% DE ADICIONAL PARA AEROVIÁRIOS



Negreiros: “Deixar de brigar com os patrões, com medo de perder algumas regalias, fica para entidades fracas. Não é à toa que construímos um sindicato forte, sem bandeira partidária, independente e com credibilidade em todo o Brasil”.
O Sindicato dos Aeroviários do Amazonas (Sindamazon) homologou, na Justiça, acordo judicial com as empresas Azul, Trip, Tam e Absa que pois fim a um conflito instaurado nos Autos do Processo Trabalhista 02020-2012-002, transitando junto ao Cartório da 2ª Vara do Trabalho. As empresas acharam mais viável por fim ao litígio judicial trabalhista propondo um acordo, que foi bom para todos os trabalhadores que militam nas áreas de risco.
Para Jorge Negreiros, presidente do Sindamazon, o acordo foi estabelecido "dentro dos princípios de transparência e seriedade que norteiam nossas ações. Discutimos a exaustão com os obreiros beneficiados que deram seu aval para a assinatura do documento"
De acordo com o presidente do Sindamazon, a justiça entendeu que esses profissionais trabalham em área considerada de risco - inclusive com tubulações embutidas no piso do pátio dos aviões - precisando executar suas atividades concomitantemente ao abastecimento de aeronaves. Dentre as atividades de rotina, os aeroviários beneficiados com o adicional de periculosidade manuseiam, embarcam, desembarcam, carregam, descarregam, acompanham e monitoram produtos explosivos, corrosivos, químicos, radioativos, inflamáveis, combustíveis, dentre outras tarefas de risco, executadas no pátio de estacionamento e manobras de aeronaves do Aeroporto Internacional e Eduardo Gomes.
A Azul é a única companhia aérea que paga, desde dezembro passado, os 30% do adicional de periculosidade. “A Gol e a Total ainda não estão pagando o adicional porque entraram com recursos junto ao Tribunal do Trabalho para ganhar tempo, mas a tendência é de elas reconhecerem a Ação porque já existem precedentes”, esclarece o presidente do Sindamazon.
Assim, a partir da homologação do Acordo todos os trabalhadores já terão em seus contra cheques o acréscimo de 30% sobre seu salário base, além de receber seus retroativos até a distribuição da ação em quatro parcelas. E, ainda, o acordo não inibe o ajuizamento de ações individuais ou coletivas em busca de valores que porventura o obreiro entenda que ficou no caminho do contrato de trabalho firmado com as Reclamadas citadas.
Bem antes da propositura da Ação o Sindamazon tentou discutir no âmbito administrativo por longo período, mas foi aconselhado a desistir da idéia pois "o patrão" poderia se aborrecer e demitir todo mundo e mais retirar suas aeronaves do Amazonas causando um retorno ao porto de lenha de épocas passadas.
Para Jorge Negreiros, o pagamento do adicional de periculosidade não vai gerar desemprego porque se trata de profissionais altamente qualificados, disputados no mercado de trabalho, e a decisão da justiça veio ao encontro da proposta do Sindamazon para valorizar a categoria e fazer valer os seus direitos. “Quando movi essa Ação de Periculosidade, meus companheiros sindicalistas, de outras capitais, diziam que eu estava dando um tiro no próprio pé. Agora estou provando que o Sindamazon está abrindo mais um precedente para os aeroviários de todo o país. Deixar de brigar com os patrões - com medo de perder algumas regalias - fica para entidades fracas, sem identidade própria. Não é à toa que construímos um sindicato forte, sem bandeira partidária, independente e com credibilidade em todo o Brasil”, justifica Negreiros.

Sindamazon
Assessoria de Comunicação
Por: Roberto Pacheco (MTb 426)

Um comentário:

  1. Não sei se o Sr. roberto Pacheco poderia me responder. Mas é apenas uma dúvida. Sou Eng. de Segurança do Trabalho e defendo sim o adicional de periculosidade para os profissionais aeroviários, mas sempre defendi o adicional baseado no fato já comprovado que em altitudes de vôo, a radiação cósmica é ionizante e consequentemente altamente prejudicial ao ser humano. Para o ministério do trabalho, quem trabalha com radiação ionizante deve ganhar periculosidade. Esse assunto dificilmente é colocado em pauta, nunca houve conversas sobre isso na aviação?

    Obrigado.

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